O Duende faminto
Estou desabrigado. Perdido dos meus e tenho fome. Sim- caso vocês não saibam, nós comemos. Não este lixo que vocês costumam chamar de comida. Estou em um lugar estranho. Tão estranho que ninguém me notou e é incrível, sentei para descansar e todos que passam me atiram pequenas bolotas de metal. Elas rolam pela calçada e a velha imunda sentada ao meu lado apressa-se com seus dedos gulosos, catando-as e escondendo dentro da roupa. Tentei começar um diálogo, mas ela mostrou os dentes grunhindo. Tirei o casaco e as botas para tirar um cochilo, quando acordei vi que as botinas sumiram. Devem ter saído para dar um passeio.
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